Basta um fio dourado do óleo de oliva para que aquela torrada dura e seca ganhe textura macia e sabor especial. Uma outra transformação ocorre em nosso organismo, mais precisamente no abdômen, quando consumimos o azeite: ele impede o depósito de gordura bem ali, na linha da cintura. Parece um contra-senso, já que o alimento é dos mais calóricos, pois cada grama oferece cerca de 9 calorias. Mas a descoberta é séria: o consumo de azeitonas evita mesmo a barriga indesejada, dizem os cientista de diversas universidades européias.
Em uma matéria para a revista Saúde, eles observaram que o bom hábito de consumir o azeite de oliva extravirgem diminuiu os depósitos de banha no abdômen. Diga-se: o ideal seria que você consumisse duas colheres de sopa por dia do ingrediente para obter seus benefícios.
No fundo, o mérito é todo da gordura monoinsaturada, que predomina no azeite. Se ela já era festejada por varrer o colesterol ruim das artérias, agora os médicos têm ainda mais motivo para cobri-la de elogios. Isso porque estão empenhados em acabar com as barrigas avantajadase não tem nada a ver com questões de beleza. A gordura visceral (que fica na parte interna do abdômen), justamente aquela da cintura, produz substâncias que dificultam a ação da insulina, o hormônio produzido pelo pâncreas que ajuda a glicose a entrar nas células.
O diabete, ao lado da pressão alta, do colesterol, dos triglicérides alterados e, de novo, da tal barriga, é o componente básico de um mal que mata: a síndrome metabólica. O azeite, no entanto, ajuda a quebrar esse círculo mortal.
Muito antes de se estabelecer qualquer relação do azeite com a barriga, antes até mesmo de se ter certeza de que barriga prejudicaria o coração , cientistas já observavam que os maiores consumidores do alimento estavam protegidos de males cardíacos. Os povos do Mediterrâneo, que historicamente regam seus pratos com esse óleo, parecem mais distantes da ameaça de infarto. Claro, é preciso considerar que também se esbaldam em verduras, frutas e peixes, outros guardiões dos vasos.
Nenhum desses alimentos, entretanto, compete com o azeite na preferência de gregos, italianos e espanhóis. Muitos deles têm o hábito de tomar uma colher do óleo em jejum. Eu mesma gostaria de aderir a este hábito, (acreditem, meu pai já perdeu vários centímetros de cintura e seu diabete tipo 2 está extremamente controlado).
Uma vantagem da chamada dieta do Mediterrâneo é que a gordura monoinsaturada vinda da oliva ocupa o espaço das temidas trans, presentes nas margarinas, e das saturadas, que estão nas carnes vermelhas. Diferentemente da mono, que faz as taxas do mau colesterol despencarem, a dupla tem relação com a subida do LDL, o colesterol ruim.
Por isso, meus queridos leitores, o azeite de oliva deve estar cada vez mais presente em nossa alimentação. A gordura monoinsaturada (encontrada com abundância neste poderoso remédio) é nossa melhor aliada para uma vida saudável, um coração protegido, uma pele reluzente e uma barriguinha de dar inveja!
IMPORTANTE: Utilizar sempre o Azeite Extra Virgem, quando a acidez não passa de 0,8% — esse teor somente é obtido através da primeira prensagem a frio a menos de 24 horas após a colheita.
DICA: O azeite deve ser guardado na parte de baixo da geladeira, pois a temperatura elevada altera suas propriedades. E nunca leve o azeite ao fogo. Ele deve ser adicionado às preparações depois de prontas. Somente assim teremos um prato saboroso e muito saudável.